domingo, 24 de abril de 2011


Natura em Defesa do Clima

A não-governamental WWF-Brasil lançou o programa Defensores do Clima, que tem por objetivo estimular e auxiliar o setor empresarial do país a reduzir suas emissões de gases de efeito-estufa. A Natura Cosméticos saiu na frente e aderiu ao programa, com o compromisso formal de reduzir em 10% as emissões de seus processos operacionais até 2012, em relação ao ano de 2008. 

Para garantir que a meta seja cumprida, a Natura deverá adotar uma série de procedimentos em toda sua cadeia produtiva, como aumentar a eficiência energética das unidades fabris, substituir combustíveis poluentes, como o GLP, pelo etanol em maquinários e usar biomassa para geração de energia térmica na planta no Pará. É um grande desafio para a empresa, que pela primeira vez, mesmo registrando crescimento anual de 20%, se compromete com metas absolutas de redução – que estabelece cortes a partir de um parâmetro fixo, como ano e emissão .

Esta é a segunda experência da empresa de cosméticos com metas climáticas. Em 2007 ela lançou o Programa Carbono Neutro, sustentado em dois pilares principais: redução de 33% em suas emissões relativas de gases de efeito estufa até 2012 e neutralização do excedente. Para a Natura, parte do programa da WWF já tinha sido cumprido com seu primeiro trabalho, explicou Marcos Vaz, diretor de Sustentabilidade da empresa. Em três anos, a Natura conseguiu reduzir 16,1% de suas emissões. As metas relativas foram medidas pela diminuição do CO2 emitido por quilo de produto faturado.


Desde 2007, a empresa prioriza o uso de álcool orgânico, até 50% menos poluente que o convencional, em seus produtos; utiliza embalagens menores, evitando, assim, o desperdício, e dá preferência para materiais reciclados em suas linhas. Ela também reduziu a massa de papel usado para confecção da revista Natura e adotou medidas de incentivo ao transporte por via marítima e o uso de etanol por parte de suas revendedoras: só quando elas abastecem seus carros com etanol é que são ressarcidas.


O que a empresa não consegue evitar que seja lançado na atmosfera, ela compensa, por meio de projetos de seqüestro de carbono. São dez projetos em oito estados. Entre eles o de recomposição da Mata Atlântica, do Instituto Ipê, em São Paulo, e o do Instituto Perene, no Recôncavo Baiano, que trabalha para a substituição de fogões à lenha nas comunidades por equipamentos mais eficientes. “Qualquer ação de sustentabilidade que é adotada, no fim do dia, vai dar uma performance econômica melhor [para a empresa]. Os próprios caminhos de eliminação do desperdício que vão resultar na redução de emissões dão um melhor resultado financeiro também. É um mito achar que a adoção de ações sustentáveis compromete o faturamento final da empresa”, disse Marcos Vaz.

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